quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Desafio: Urbanização

Periferias urbanas

Ainda hoje quando a história se passa na periferia, mesmo contada por alguém bem intencionado, os atores estão quase sempre divididos em dois papéis: vitimas da sociedade; ou os que escaparam do crime. Depois deste ano de viagens por periferias de diferentes países, procurando semelhanças e as vezes encontrando enormes diferenças, sinto que nenhum desses papéis representa mais nada. Mas o que fazer com a paixão dessa descoberta?
Como encerrar o ano, como fazer um balanço, como deixar algo de bom no ano que vem? Só me vem uma imagem na cabeça: no interior de Moçambique chegamos a uma aldeia que acreditava ser o lugar mais remoto que já conheci e ninguém falava português, inglês ou francês. O chefe tinha várias mulheres e estávamos numa esteira na terra batida.
No mundo a uma grande diferença de concentração de renda. Mas isso não é uma novidade, no Brasil a geração de riqueza nunca foi sinônimo de distribuição de renda. Em São Paulo em 1950 já tinha 2,4 milhões de habitantes e os índices de violência nem chegavam perto dos índices de Foz do Iguaçu com aproximadamente 500 mil habitantes em 2007. A banalização do acesso as armas de fogo é uma das causas do aumento da violência. O Brasil é um dos maiores fabricantes de armas de pequeno porte do mundo ao lado de países como China e Rússia. E por fim o abandono das políticas de investimentos públicos em educação, saúde e habitação que são importantes ferramentas na diminuição da violência, geraram um superávit econômico com enorme déficit social.
As favelas concentram um grande fluxo de drogas e são vistas pela sociedade como violentas, na realidade são deixadas de lado pelo poder público. A mídia mostra constantemente um lado ruim das favelas contribuindo para sua má-impressão perante a sociedade.



Alunos: Jaime Batista, Fernando Nora, Alan Bernardi
Escola de Educação Básica Heriberto Hulse
3ª série E.M.

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